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GitLab – Belo, recatado e do lar

Falou em Git, você pensa logo em Github, certo? Se a resposta for sim, então não confunda mais o sistema de controle de versões distribuído Git e a rede social de código fonte mais famosa do mundo, o Github. A maioria dos projetos Open Source estão hospedados lá, várias organizações e pessoas possuem seus projetos privados também guardados por lá, pagando alguns dólares por mês, pois a galera do Github também precisa se alimentar e pagar suas contas.

Mas e quando se trata de projetos privados para estudantes que têm vergonha de mostrar seus códigos marotos, empreendedores bootstrap que desejam compartilhar suas iniciativas apenas com algumas pessoas ou mesmo empresas querendo enxugar custos com licenças ou mensalidades? Bem, o Bitbucket continua ajudando muita gente com esse propósito mas com um número limitado de usuários.

Quem caminha pelo vale do Open Source e Cloud Computing sempre está buscando soluções que funcionem e com um custo acessível (e por que não de graça?). Mas voltando aos dois serviços, conheço dois amigos que já receberam propostas de emprego via Github (então não escondam seus códigos!), além dessa plataforma possuir diversas ferramentas permitindo a comunicação com sistemas de integração contínua, análise de estática de código e deploy automatizado em servidores de aplicação. Utilizei por bastante tempo a dupla Bitbucket para hospedar projetos privados e Codeship para executar testes, build e deploy de aplicações em servidores na “nuvem”, com custo zero!

Mas no mundo Open Source as coisas andam muito rápidas. Foi quando conheci o danado do GitLab, desenvolvido em Ruby on Rails, possuindo duas versões: comunidade (a grátis) e empresarial (a paga), para serem instaladas de uma maneira absurdamente fácil, com uma ajudinha do Chef Solo em seu servidor local. E, não menos importante, o gitlab.com que é versão “Cláudio” do projeto utilizando a versão empresarial com custo zero! Só que o barato não termina por aqui, freguês. Além do necessário para um projeto com esse propósito, o “safadinho” vem com um serviço de integração contínua embutido, podendo rodar testes, build e deploy das aplicações e espelhamento do repositório para outro servidor Git. Não é “duka”?

Nos projetos em que participo, continuamos usando o Github para projetos públicos. Já não nos movimentamos pelo Bitbucket faz um bom tempo, mas aconselho você a fazer uma avaliação, pois a plataforma já nos ajudou bastante. Estamos migrando projetos privados do Github para o GitLab e, em algumas empresas, instalando o GitLab Community Edition em seus servidores locais integrando com diversas ferramentas.

Então, se você trabalha ou está migrando para o Git e deseja hospedar projetos privados na nuvem com suporte a uma “cachaçada” de ferramentas integradas totalmente “0800”, abra uma conta no gitlab.com (dá pra importar seu projeto Git de outro repositório, sem as issues). Mas se você ou seu chefe ainda estão com receio de colocar seus projetos na “nuvem”, podem instalar a versão comunitária no confortável recanto do lar, onde habitam os servidores de sua empresa. Um aviso: mantenha seu servidor atualizado, pois o pessoal trabalha “pra dedéu” e as versões estão evoluindo em um ritmo alucinante.

Pois bem, curta a beleza do controle de versões distribuído Git com uma plataforma que está dando o que falar.

Até a próxima, pessoal!

envolvedor de sistemas e poeta de boteco

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