Relatos

2º dia do Oxente Rails 2010

Pows, tanta coisa pra falar que acabei não comentando sobre uma galera que conheci no evento no dia 6.

SEArences muito loucos

Conheci mais SEArences: Túlio Ornelas que é casado com uma belenense, Renan Carvalho que tem família em Belém, Eduardo Marques que me tirou umas dúvidas sobre arduino e Ian Gallina o mão de lixa :p, escalador de paredes e que bati uma papo muito firme depois da desconferência sobre redes sociais. Como diz o Alê, gente boníssima. Acho que era bom ter outro Maré de Agilidade em Brasília, assim podíamos conhecer toda essa galera “duma” tacada só. O que acham? =P

No Coffee-Break da tarde pude conhecer Christiano Milfont onde conversamos um pouco sobre o Maré de Agilidade. Mais uma pessoa que só conhecia de listas e twitter, mas não me enganei nem um pouco pela pessoa que é, gente finíssima. Também pude rever o Nerdson. Encontro com essa figurassa desde o Fórum Paraense de Software Livre, quando ainda estagiava com PHP. Conheci o plugin do Firefox Firebug através de sua palestra sobre desenvolvimento Web, na época meu chefe queria aumentar meu salário devido a novidade que levei pro “trampo” (brincadeira :p). Ele é responsável por eu estar lendo o Guia do Mochileiro das Galáxias que conheci consumindo compulsivamente suas tirinhas em seu blog.

As meninas eram motivo de mudança de foco, constantemente

Mas “rumbora” resumir o 2º dia do evento.

Subir e descer as ladeiras de Ponta Negra em Natal, mata qualquer ressaca. Acreditem!

Marcos Tapajós

O dia começou com Marcos Tapajós falando sobre o banco de dados NoSQL CouchDB. Além de trabalhar para Improve It e Rede Parede, ainda é representante oficial da CouchDB no Brasil. Entre várias opções de bancos NoSQL que existem hoje em dia, ele falou que na época gostou muito do CouchDB e que atualmente existem mais opções para uso em projetos e que estão evoluindo rapidamente. NoSQL é realidade, portanto, não deixem de estudar a tecnologia. Já dei uma “mexida” no Cassandra, mas nada muito aprofundado. Ah! Me lembrei agora da primeira vez que ouvi falar de bancos de dados orientados a documentos. Foi o Fábio Aguiar, sempre antenado, que me mandou um post do Tapajós sobre o CouchDB. Depois de ver ao vivo me senti motivado a utilizá-lo. Tapajós também falou de uma gem de integração com o CouchDB que está preparada para o lançamento do Rails 3.

Carlos Brando

Carlos Brando, mantém o blog nome do jogo onde publicou, junto com Tapajós, O primeiro livro sobre Rails 2.1, outra dica que recebi do Fábio. Feito por brasileiros e de “grátis”, tem coisa melhor? Também tô me divertindo muito com O (comovente) guia de Ruby do Why, traduzido por uma galera, alguns já conhecidos. Não importa se você ainda não programa em Ruby, dê uma passeada no blog. Para quem gosta de programação compulsiva como o Leomário Machado vai se identificar logo nos primeiros post’s.

Voltando à palestra, Carlos Brando falou sobre “Criando uma carreira notável em desenvolvimento de software”. Ele comentou que não devemos esperar para estudar um assunto apenas quando for obrigado ou o “mercado” pedir. Estude o que você gosta, não importa se ninguém não está utilizando. Não tenha medo, se arrisque. Vou elencar alguns tópicos: Pense como programador; Aprenda outras linguagens; Pratique muito e continue praticando ainda mais; Tenha mentores; Tenha bons hábitos de programação e acima de tudo, se divirta. Por mais que você leia o resumo que fazemos de algumas palestras, sempre aconselho: guarde uma grana e participe de eventos. Ao vivo é bem melhor. 🙂

Alexandre Gomes (polegar pra cima, TáSafo!)

Alexandre Gomes, da SEA Tecnologia, falou sobre “Start You Up – Não basta desenvolver, tem que empreender“, ou seja, levanta a bunda da cadeira e se mexe! Não importa se você vai quebrar a cara. É melhor tentar do que se arrepender. Empreenda conforme suas ideias e seus dons. Qualidade de vida é fazer o que se gosta de forma equilibrada. Essas frases estão, com certeza, martelando a cabeça de cada pessoa que já assistiu essa palestra. Alê resumiu sua carreira profissional e mostrou que como qualquer um que começa, comete tropeços mas levanta e segue em frente. Empreender é correr riscos. Mais um show que só vendo ao vivo pode aproveitá-lo ao máximo. Dica: veja a apresentação em tela cheia e com calma para poder digerir tudo com tranquilidade. Leia as matérias dos slides 131 e 132. Mais uma coisa. TENHA ATITUDE!!! (para nós #tasafoemacao)

Henrique Bastos

Henrique Bastos, da Myfreecomm, mostrou como um grupo de pessoas altamente envolvidos está “Empreendendo uma comunidade de sucesso”. Ele contou que o #horaextra começou com apenas duas pessoas, Ele e Vinícius, no 1º encontro em uma noite de muita chuva. Não desanimou e mandou uma mensagem pra lista deles dizendo que lotou o bar e foi  o maior sucesso. A galera ficou tão curiosa que no 2º encontro bombou de gente :). Tem que promover! Tem que ter perseverança. Achei firme isso! Contou também dos encontros de programação que participam e sobre o método 3D: Diversão, Desenvolvimento e Deploy. Sensacional! Mas quando começou a falar do Small Acts Manifesto, me caiu a ficha do que está escrito no blog do Caike. que foi um dos criadores do manifesto. Pequenos Atos, Grandes Revoluções. Estamos descobrindo maneiras melhores de construção de comunidades, conectando as pessoas. Vou citar só um dos princípios: Contato Pessoal. Os outros, você vai entrar no site, ler com calma e atenção cada um. E por favor, só assine o manifesto se acreditar mesmo nele.   Se não acreditar, procure participar ativamente de alguma comunidade em sua cidade. Quem vive esse lance de comunidades de TI, se identifica de cara com o manifesto. Mais um recado que Henrique passou: Invistam em sua rede de confiança. #ficaadica

Rodrigo Franco

Rodrigo Franco, criador da lista rails-br, falou de “Outsourcing (ou como trabalhar para clientes gringos)”. Muito bacana ver a experiência dele com Home Office, suas vantagens e desvantagens. Resumo: disciplina é quesito fundamental. Não é pra qualquer um.

Thais Camilo

Thais Camilo, da Hashrocket Chile. Trabalhando com Ruby on Rails, Mac, Vim, Pair Programming e outras cocitas mais, contou como foi o processo de contratação da empresa. Ela passou uma semana na empresa, sem receber nada, mas com todas as despesas pagas e conviveu com a equipe e se sentiu à vontade logo nos primeiros dias. Hoje em dia ela canta a música da Legião Urbana, Eduardo e Mônica. Vou colocar um trecho que me lembra da palestra dela: “Ela aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer e decidiu trabalhar…” :p. Só quem estava lá vai entender. Seria bom mais empresas se basearem no modelo de trabalho de empresas como a Hashrocket. A empresa deve ser uma família.

Daniel Lopes

Daniel Lopes, da Area Criações, conhecido na comunidade por ministrar cursos de Ruby e Rails pela Egenial. Ele falou sobre testes de aceitação para carnívoros com Steak ao invés de utilizar o vegetal Cucumber. O cara tirou maior onda com o Cucumber, muito engraçado. Confesso que foi alto nível pra mim. Tenho que estudar: supletivo, supletivo, supletivo… :p. O cara tem uma excelente didática. Tá valendo pra caramba juntar uma grana pra fazer um curso dele. Recomendo.

Depois de uma pausa e mais Coffee Break (é, a gente passava bem lá sim) chegou uma das palestras mais esperadas do evento. Eita que os dois dias foram de palestras show mesmo. Nem abri o Notebook mais, queria prestar bem atenção no que iria falar. Finalmente iria ver ao vivo uma palestra dele.

Vinícius Teles e os fanfarrões de Piauí

Vinícius Teles, fundador da Improve It, autor do 1º livro de XP no Brasil, um dos representantes mais atuantes de nossa comunidade, hoje tem um produto em Rails que pode ser dar ao luxo de tirar férias de dois meses, mas com muito trabalho e planejamento antes disso. Precisa dizer que sou fã desse cara :p. Uma coisa muito firme que ele fez, foi levar ao palco o pessoal da caravana de Piauí, os criadores da revista de fofocas nerds mais arretada, a Fuças, feita lá mesmo durante o evento. Show de bola!

Com o título “Fuja da Escravidão, antes que ela te alcance“, Vinícius fala com tanta naturalidade e propriedade do assunto, pois já comeu o pão que o diabo amassou, como diz o Alê Gomes. Já falei sobre empreendedores 2.0, pois é, Ele falou abertamente de uma situação em que ele expôs para seus clientes e ao invés de perdê-los acabou ganhando amigos. Quando você é sincero os problemas são resolvidos de uma forma bem mais simples do que se pensa. O problema está em nos escondermos e adiarmos solucionar o problema. Cria-se a famosa bola de neve. Daí mano, fica bem mais difícil. Pra você que não teve a oportunidade em ver a palestra tire um tempo, acesse a apresentação, veja em tela cheia e leia com atenção os comentários abaixo de cada slide. Depois conta aqui o que você achou. Se der vontade de pegar o “mochilão” e sair por aí, FAÇA LOGO!!!

Q&A com todos os palestrantes

Na seção de perguntas e respostas com todos os palestrantes rolou uma bate-papo muito bacana sobre formação acadêmica, empreende- dorismo, qualificação profissional. O que gostei de ouvir foi: não foque em títulos, é claro que estudar é importante, mas não faça um curso apenas pelo certificado (status) que ele trará. Não tenha vergonha de dizer que já quebrou (faliu), pois a experiência que foi adquirida é 100% válida para não cometer o mesmo erro novamente. Humildade acima de tudo.

O papo podia rolar a noite toda, mas ainda tinha a desconferência. Paulo Fagiani chamou a galera e criou-se a fila democrática para dar oportunidade a quem não estava na grade oficial em falar de algo relevante ao evento. Tempo atrás houve uma discussão para saber o que era o evento Maré de Agilidade pra você. Paulo Igor falou o seguinte:

O Maré pra mim é como um show de rock underground com o palco baixo, onde a galera ta ali sobe pra cantar junto, e a interação com a galera é muito próxima e transparente, muitas vezes você até conhece os caras da banda, ou a galera que ta lá pra assistir o show.

Tomei a liberdade de resgatar esse depoimento dele para acrescentar o seguinte:

A desconferência pra mim parece aquela chance que dão aos músicos/cantores, que estão iniciando, a darem uma “canja” junto com seus ídolos e poderem cantar(falar) o que gostam. Sem frescura.

Daniel Cukier, fazendo a galera cantar

Foi assim que eu vi Daniel Cukier cantando o Forró do Elomar, os “fanfarrões” da Caravana de Piauí falando sobre suas aventuras no Oxente Rails, os SEArences Túlio e Renan falando sobre seus projetos Open Source, Valério Farias falando sobre seu livro Aprenda BDD Jogando DadosFabio Kung mostrando a lib para tocar músicas em Ruby, foi a mais rápida e ilária. E tantos assuntos que já me falham a memória. Ah! Também fui lá falar do Tá safo!, frio na barriga, ainda tinha muita gente e boa parte dos palestrantes ainda estavam lá, vixe. Passei duas semanas antes do evento pensando no que ia falar na desconf, catei umas imagens, coloquei na ordem que achava melhor e catei mais fotos de eventos realizados e “tagarelei” o mais rápido que pude, para os presentes, um pouco do que fazemos em Belém do Pará. Fiquei feliz por conseguir arrancar algumas risadas da platéia e mais ainda por ser reconhecido por pessoas que admiro muito. Como diz o Faustão: “Tanto do lado profissional como no pessoal” 🙂 Valeu o feedback galera.

Eu, tagarelando sobre o Tá safo! E não, o Mac não é meu :p

Muito se fala da relação de desenvolvimento de software com arte. Na hora que você recebe aplausos e vê as pessoas felizes, você se sente realmente um artista.

#horaextra de sábado

A #horaextra mais firme que já participei nos últimos tempos foi logo depois no Páprika. Deixa eu desmistificar logo uma coisa. Não é preciso consumir bebida alcoólica pra ir em uma #horaextra, é apenas um encontro para bater-papo. Só que um encontro que você pode conversar com pessoas altamente qualificadas e ao mesmo tempo humildes e pé no chão a ponto de ententer que ninguém sabe tudo e qualquer um pode chegar lá. Era tanta gente que tinha rodízio de conversa :p. MUITO FIRME MESMO. Não dá pra detalhar mais. No próximo evento vocês têm que ir.

Balanço do evento:

  • O pessoal, principalmente as mulheres, de Natal são massa.
  • Virei mochileiro e alberguista.
  • Parece que já tenho casa pra ficar em Natal e Fortaleza para quando for em eventos :p
  • Conheci uma galera gente boa de Recife (Gabriel Cavalcanti, Haderson Abraão, Guilherme Carvalho, Lailson Bandeira e Dalton Jorge). Se me esqueci de alguém me falem.
  • Revi e conheci novos amigos.
  • Sempre encontro alguém de Belém por aí :p
  • É fundamental o equilíbrio entre estudo e diversão.
  • Conheci empresas que realmente se importam com seus colaboradores.
  • Acabei de vender meu voucher SCJP 6 e decidi estudar mais Ruby on Rails.
  • Viver é correr riscos!
  • Eu não vou em eventos de TI pra me divertir. Eu me divirto indo em eventos de TI 🙂

Oxente Rails. Égua do evento porreta!

Os créditos das fotos vão para os álbuns de:

Paulo Fagiani

Henrique Bastos

envolvedor de sistemas e poeta de boteco

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